terça-feira, 30 de março de 2010

Epiderme

A epiderme origina-se da camada mais externa dos meristemas apicais (protoderme) e reveste a superfície do corpo vegetal em estágio primário. Nos órgãos que não apresentam crescimento secundário, a epiderme persiste por toda a vida da planta. Em tais casos, as células continuam a dividir-se no sentido anticlinal e a alongar-se no sentido tangencial. A duração da epiderme nos órgãos com crescimento secundário (caules e raízes) é variável, geralmente ela é substituída pela periderme, tecido de proteção que aparece após considerável atividade do câmbio vascular.

2. Epiderme



(A) Olea - Oliveira. Tricoma peltado em vista frontal e em corte transversal;
(B) Platanus - Plátano. Tricoma dendróide;
(C) Mesembryanthenum - Onze horas. Vesícula de água;
(D) Lycopersicum - Tomateiro. Tricoma uniseriado;
(E) Lycopersicum - Tomateiro. tricoma glandular;
(F) Semelhante em Urtiga. tricoma glandular com célula basal.

A epiderme acha-se constituída por células epidérmicas comuns e células especializadas, dispersas entre as primeiras, tais como estômatos e tricomas, entre outras.

As células epidérmicas variam na forma, tamanho e arranjo, têm quase sempre formato tabular e estão sempre intimamente unidas, de modo a formar uma camada compacta, desprovida de espaços intercelulares. Tais células, geralmente são vivas, altamente vacuoladas, podendo armazenar vários produtos de metabolismo.

As paredes das células epidérmicas diferem em espessura e, freqüentemente, apresentam campos de pontuações primários e plasmodesmas, localizados especialmente nas paredes radial e tangencial interna. A característica mais importante da parede das células epidérmicas das partes aéreas da planta é a presença da cutina, substância graxa encontrada dentro da parede, isto é, nos espaços interfibrilares e intermicelares da celulose (processo de cutinização), e posteriormente, sendo depositada externamente, formando a cutícula (a cuticularização). A espessura da cutícula é variável, sendo mais espessa nas plantas de ambiente seco, em grande parte dos casos. Ela se forma durante os estágios iniciais de crescimento dos órgãos. Admite-se que a cutina migre, do interior para o exterior das células epidérmicas, através dos poros existentes na parede celular. Embora mais raramente, a lignina possa também ser encontrada na parede das células epidérmicas; quando isso ocorre, ela pode ser observada em todas as paredes ou só na externa. Como exemplo, pode-se citar a parede externa das células epidérmicas das folhas das Coníferas.

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